ENGENHOS DE PERNAMBUCO (CANA-DE-AÇUCAR)

Graças ao comando dos mestres especializados da Ilha da Madeira e ao suor dos primeiros escravos trazidos de Guiné, a cana-de-açúcar fez de Pernambuco uma potência na colônia (a riqueza fez doce). A cultura da cana-de-açúcar que depois modificou totalmente a paisagem pernambucana ao longo dos séculos,foi introduzido pelo português Cristóvão Jacques no canal de Itamaracá, ainda na época das feitorias.

Originária da distante Nova Guiné, onde já era conhecida há cerca de12 mil anos e depois cultivada na Ásia Meridional, foi a cana-de-açúcar trazida pelos árabes da África para a Sicília e desta para a costa sul da Espanha.

Entre os portugueses o seu cultivo tem início no algarve, ao tempo de Dom João (1404). Sendo depois transportado pelo infante Dom Henrique para a Ilha da Madeira que a transformou num grande propulsor do progresso do mundo colonial. Foi a produção açucareira de 149 engenhos, que em 1641 atingiu a elevada cifra de 447.552 arrobas, a base do sistema econômico holandês e o senhor de engenho, seu elemento mais importante.

Senhor de engenho: na sociedade de então era o senhor de engenho, a figura de maior destaque, verdadeiro senhor feudal transportado da Europa e adaptado às condições dos trópicos, onde integrava a chamada nobreza da terra.

O engenho era composto da Casa-Grande (onde residia o senhor de engenho e seus familiares), da capela (onde era celebrada as missas), Moita (onde era produzido o açúcar) e a Senzala (onde morava os escravos).

O solo de massapé era apropriado para o cultivo da cana-de-açúcar. Plantada em grande escala em Pernambuco, que foi a capitania que mais prosperou.

Alguns engenhos ficaram conhecidos pela sua beleza, grandeza e acontecimentos históricos da época. Entre eles:

Engenho Verde: Localizado em Palmares, Pernambuco, zona da mata sul do Estado, construído em 1841 por Louis Léger Vauthier, o mesmo arquiteto do teatro Santa Isabel. Pertencia ao barão de Bonito.

Existe três portas em forma de arco na porta inferior do terraço, onde ficavam as mucamas (escravas que faziam o serviço na Casa-Grande). O poeta e escritor Hermílo Borba Filho nasceu e morou até os seus 16 anos.

Engenho Verde - casarão

Engenho Gaipió: Localizado na cidade de Ipojuca, zona da mata sul canavieira de Pernambuco, é um dos engenhos mais tradicionais do estado.

Ficou famoso durante a Revolução Praieira, em 1848. Um bonito casarão com traços neoclássicos, mostra a opulência em que viviam os senhores de engenho.

Casarão

Capela

Engenho Massangana: localizado no Cabo de Santo Agostinho, na zona da Mata sul de Pernambuco. Onde o abolicionista e redator da lei Áurea, Joaquim Nabuco, viveu sua infância e adolescência.

Engenho Massangana

Engenho Jundiá: Localizado na cidade de Vicência têm a moita(lugar onde era moída a cana) mais bem preservado do estado.

Vista panoramica do engenho

Casarão e capela do engenho

Moita (lugar onde era moída a cana)

Engenho Poço-Comprido: Fica localizado na cidade de Vicência, zona da mata norte canavieira de Pernambuco.

Com seu casarão bem preservado. A igreja fica ao lado da Casa-Grande. Têm um importantíssimo significado para a história de Pernambuco e do Brasil. Serviu de abrigo para liberais comandados por frei Caneca, que em 1824 proclamaram a Confederação do Equador.

Casarão e capela

Moita (lugar onde era moída a cana)

Engenho Uruaé - Localizado na cidade de Goiana - Pe.

O engenho ainda hoje pertence a família de João Alfredo, O grande abolicionista que foi o redator da Lei, que terminou oficialmente com a escravidão no Brasil? João Alfredo ganhou da Inglaterra, o primeiro engenho a vapor do Brasil.

Quarto da senzala

Senzala

Quarto do casarão

Casarão e capela

Todos esses Engenhos já foram visitados pelo Grupo Gil Mar e trilha.

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